domingo, 14 de outubro de 2012

MIGUEL TORGA - OS CONTOS DA MONTANHA

Galafura, vista da terra chá, parece o talefe do mundo. Um talefe encardido pelo tempo, mas de sólido granito. Com o céu a servir-lhe de telhado e debruçada sobre o Varosa, que corre ao fundo, no abismo, quem quiser tomar-lhe o bafo tem de subir por um carreiro torto, a pique, cavado na fraga, polido anos a fio pelos socos do Preguiças, o moleiro, e pelas ferraduras do macho que leva pela arreata. Duas horas de penitência. Lá, é uma rua comprida, de casas com craveiros à janela, duas quelhas menos alegres, o largo, o cruzeiro, a igreja e uma fonte a jorrar água muito fria. Montanha. O berço digno da Maria Lionça. Fala-se nela e paira logo no ar um respeito silencioso, uma emoção contida, como quando se ouve tocar a Senhor fora. E nem ler sabia! Bens - os seus dons naturais. Mais nada. Nasceu pobre, viveu pobre, morreu pobre, e os que, por parentesco ou mais chegada convivência, lhe herdaram o pouco bragal, bem sabiam que a grandeza da herança estava apenas no íntimo sentido desses panos. Na recatada alvura que traziam da arca e na regularidade dos fios do linho de que eram feitos, vinha a riqueza duma existência que ia ser a legenda de Galafura. Quando Deus a levou, num Março que se esforçava por dar remate prazenteiro a três meses de invernia sem paralelo na lembrança dos velhos, Galafura não quis acreditar. Embora a visse estendida no caixão, lívida e serena, aspergia sobre o cadáver a água benta do costume, sem que o seu rude entendimento concebesse o fim daquela vida. O próprio Prior, tão acostumado à transitória duração terrena, ao ser chamado à pressa para lhe dar a extrema-unção, ungiu-a como se ela fosse mãe dele. Tremia. Até o latim lhe saía da boca aos tropeções, parecendo que punha mais fé no arquejar do peito da moribunda do que na epístola de S. Tiago. Apenas o Dr. Gil, o médico, a tomar-lhe o pulso e a senti-lo a fugir, não teve qualquer estremecimento. Receitou secamente óleo canforado e saiu. Mas o Dr. Gil pertencia a outros mundos. Médico municipal em Carrazedo, vinha a quem o chamava, dando a santos e a ladrões a mesma tintura de jalapa e a mesma digitalina. Por isso, a insensibilidade que mostrou não teve signíficaçâo para ninguém. A rotina do oficio empedernira-lhe os sentimentos. O ele declarar calmamente, já no estribo do cavalo, que não havia nada a fazer, foi como se um vedor afirmasse que a fonte da Corredoura ia secar. Sabia-se de sobejo que a fonte da Corredoura era eterna, por ser um olho marinho. E assim que a moribunda exalou o último suspiro, e do quarto a Joana Ró deu a notícia, lavada em lágrimas, cá de fora respondeu-lhe um soluço prolongado, que, em vez de embaciar nos espíritos a imagem da Maria Lionça, a clarificava. E o enterro, no outro dia pela manhã, talvez por causa do ar tépido da primavera que começava e da singeleza das flores campestres que bordavam as relheiras do caminho, pareceu a todos uma romagem voluntária e simples ao cemitério, onde deixavam como uma Salve-rainha pela alma dos defuntos o corpo da Maria Lionça. Não. Não podia morrer no coração de ninguém uma realidade que em setenta anos fora o sol de Galafura. Em pequenina, logo o seu riso escarolado encheu a aldeia de lés a lés. Velhos e novos acostumaram-se desde o primeiro instante àquele rosto miúdo e rosado3 onde brilhavam dois olhos negros e perscrutadores. Depois, durante a meninice e a mocidade, foi ela ainda o ai Jesus da terra. Qualquer coisa de singular a preservava do monco das constipações, dos remendos mal pregados, das nódoas de mosto nas trasfegas. Airosa e desenxovalhada, dava o mesmo gosto vê-la a guardar cabras, a comungar ou a segar erva nos lameiros. E quando, já mulher, se falava pelas cavas nas moças casadoiras do lugar, nenhum rapaz lhe pronunciava o nome sem uma secreta emoção. Além de ser a cachopa mais bonita, dada e alegre da terra, era também a mais assente e respeitada. Quer nas mondas, quer nas esfolhadas, o seu riso significava tudo menos licença. E ninguém lhe punha um dedo. Olhavam-na numa espécie de enlevo, como a um fruto dum ramo cimeiro que a natureza quisesse amadurecer plenamente, sem pedrado, num sítio alto onde só um desejo arrojado e limpo o fosse colher. Embora igual às outras, pela pobreza e pela condição, havia à sua volta um halo de pureza que simbolizava a própria pureza de Galafura. Na pessoa da Maria Lionça convergiam todas as virtudes da povoação. Quem é que merecia a dádiva de uma riqueza assim? Foi preciso que o Lourenço Ruivo acabasse a militança e voltasse a Galafura com a mão mais apurada para apertar a dela sob a estola. O padre Jaime, o prior de então, abençoou-os como se fossem filhos, E Galafura, depois do arroz doce, pôs-se confiada à espera da felicidade futura do casal. Esquecidos das manhas e artimanhas da vida, todos sonhavam para os dois a ventura que não tinham tido. Só o destino, fiel às misérias do mundo, sabia que fora reservado à Maria Lionça um papel mais significativo: ser ali a expressão humana dum sofrimento levado aos confins do possível. Torná-la imune à desgraça seria desenraizá-la do torrão nativo. O polimento do Ruivo, em que a aldeia pusera tantas esperanças, delira-lhe apenas os calos gerados pelo rabo do enxadão. Não fizera dele o companheiro que a rapariga merecia. Engravatado aos domingos e de costas direitas o resto da semana, ao fim dos nove meses sacramentais, quando o Pedro nasceu, gordo, caladão, rosado, em vez de tirar daquela presença ânimo para se atirar às ]eiras, acovardou-se de uma boca a mais na casa, empenhou-se e partiu para o Brasil. A Maria Lionça, essa, ficou. Como todas as mulheres da montanha, que no meio do gosto do amor enviuvam com os homens vivos do outro lado do mar, também ela teria de sofrer a mesma separação expiatória, a pagar os juros da passagem anos a fio, numa esperança continuamente renovada e desiludida na loja da Purificação, que distribuía o correio com a inconsciente arbitrariedade dum jogador a repartir as cartas dum baralho. - O teu homem tem-te escrito, Maria? - perguntava o prior de Páscoa a Páscoa. - Ele não, senhor. Há quinze anos... Não acrescentava a mínima queixa à resposta. Fiel ao amor jurado, deixava que todos os encantos lhe mirrassem no corpo, numa resignação digna e discreta. Com o filho sempre agarrado às saias, como um permanente sinal de que já pagara à vida o seu tributo de mulher, mourejava de sol a sol para manter as courelas fofas e gordas. Depositária do pobre património do casal, queria conservá-lo intacto e granjeado. Se o outro parceiro desertara, mais uma razão para se manter firme e corajosa ao leme do pequeno barco. - Nada, Maria? - O prior já nem se atrevia a alargar a pergunta. - Nada. Respondia sem revolta ou renúncia na voz. Objectivava a situação, lealmente. O que sentia por dentro, era o segredo da sua serenidade. Até que um dia o Ruivo deu finalmente notícias. Regressava. E Galafura solidária com a grandeza humana da Maria Lionça, dispôs-se a esquecer todas as ofensas e a receber festivamente a ovelha desgarrada. Quem representava esse perdão colectivo e essa saúde da alma da terra era o Pedro, o filho, que ao lado da mãe, na estação de Gouvinhas, deixava a imaginação correr desenfreada pela linha fora até se perder nos últimos degraus da escada fugidia feita de aço e sulipas. Infelizmente, o comboio que surgiu ao longe, avançou e passou junto dele a travar o passo, trazia dentro uma desilusão. O pai pareceu-lhe uma sombra esbatida da imagem recortada que sonhara. - Seu moço está mesmo um homem 1 A voz rouca e dolente foi apenas a confirmação duma ruína que se lhe estampava no rosto esquelético, cor de palha. O Ruivo que ficara em Galafura, na caução dum retrato em corpo inteiro, era a saúde personificada. E o Ruivo que, escanchado sobre a cavalgadura que o conduzia, respirava - à sobreposse, só abstractamente se identificava com o original. Talvez para justificar essa desfiguração, culpado diante da mulher, do filho e dos montes eternamente arejados e limpos da Mantelinha, o renegado confessou tudo. Vinha doente e desenganado. Males ruins... Já lhe custava engolir. E aquela abafação a apertar, a ,apertar... Mas nada de aflições. Voltava só para morrer. No hospital da Vila os doutores ainda lhe fizeram um furo no pescoço para o aliviar do garrote. Mais uns contos de réis, mas paciência. Galafura, na pessoa da Maria Lionça, se não podia apertar nos braços generosos um corpo comido dos vícios do mundo, queria que ele respirasse ao menos livremente o seu ar puro. Um mês depois estava estendido sobre a cama onde noivara, imóvel, muito amarelo, muito seco, já com a alma a dar contas a Deus. E no dia seguinte, pela manhã, a boca do cemitério de Galafura, tragava-lhe os ossos descarnados. Do rescaldo dessa mortalha singular, saiu mais viva ainda a figura de Maria Lionça. Nem o chorou fora dos limites do seu amor atraiçoado, nem se carregou dum luto para além da melancólica negrura que lhe apertava o coração. Manteve-se na justa expressão do sentir de Galafura, enojada e apiedada ao mesmo tempo. Digna e discreta, enterrou-o e começou a pagar os juros da operação. A trovoada não perturbou nem ao de leve o ritmo dos seus passos. O filho, o Pedro, é que não resistiu ao desencanto. Envergonhado dum pai que lhe passara apenas pelos olhos como um fantasma de podridão, e sem poder abarcar a grandeza daquela mãe que fazia do absurdo o pão da boca, abalou piara Lisboa, sem Galafura saber a quê. E nova via sacra começou na loja do correio. - Não tens nada, Maria. Velha, branca, igual, a Lionça voltava pelo mesmo caminho e sentava-se ao lume a fiar, pondo na regularidade do fio a estremada regularidade da sua vida. E Galafura, tanto ao passar para os lameiros como na volta, saudava respeitosamente nela uma permanência que resgatava a traição do marido e a fraqueza do filho. Como à mimosa familiar do adro, ou à fonte incansável do largo, assim a viam, segura e repousante no seu posto, e capaz de todos os heroísmos dum ser humano. O tempo dera-lhes a chave daquela existência, destinada, afinal, mais às provações do sofrimento do que ao gosto das alegrias. Só ela os podia esclarecer e ajudar no desespero de certas horas e situações. Movediço como a insensatez da sua idade, o filho fizera-se marinheiro. E Galafura, humosa, enraizada no dorso da serra de S. Gunhedo, olhava esse rebento, mergulhado em água, como um proscrito. Antes o degredo do pai no Brasil, ao menos aproado a um chão que fazia parte da cosmogonia de Galafura. Diluída na imensidão do mar, a imagem do rapaz perdera toda a nitidez. E sumir-se-ia irremediavelmente na consciência da povoação, sem a ajuda da Maria Lionça. Quando inesperadamente chegou um telegrama da capitania de Leixões e ela partiu, é que viram todos como fora capaz, sózinha, de manter indelével a realidade do ausente. Se se metia a caminho, se enfrentava de rosto calmo a primeira viagem distante e o pavor da cidade, lá tinha as suas razões, que eram necessariamente razões de Galafura. Tal e qual. No dia seguinte a aldeia viu com espanto e comoção que trouxera nos braços de sessenta anos o filho morto. Deram-lho no hospital, a exalar o último suspiro. Meteu-se então no comboio com ele ao colo, já a arrefecer, embrulhado numa manta, a pedir licença a todos, que levava ali uma pessoa muito doente. Arredavam-se logo. E assim conseguiu sentá-lo e sentar-se a seu lado. Galafura quase que não compreendia como pudera com ele, embora fosse meão e magro. O que é certo é que pudera, e sem lágrimas nos olhos lhe falava ternamente mal o revisor aparecia no compartimento. - Dói-te, filho? Dói-te muito? Pois dói... Dói... Encostava-o ao ombro, enrolava-lhe a manta nas pernas hirtas e mostrava os bilhetes, Em Gouvinhas apeou-se. À porta da estação, o guarda arregalou muito os olhos, mas deixou passar. E daí a pouco, no macho do Preguiças, o Pedro subia a serra para dormir o derradeiro sono em Galafura, que era ao mesmo tempo a terra onde nascera e o regaço eterno de sua mãe. Miguel Torga, Contos da Montanha

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

EXERCÍCIOS PARA FIXAR... http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/simulados/portugues-colocacao-pronominal-10-questoes-519080.shtml http://exercicios.brasilescola.com/gramatica/exercicios-sobre-colocacao-pronominal.htm

SIMULADO - PARA TREINAR...

http://www.cps.uepg.br/vestibular/provas/2%C2%BA_2007/prova-internet-072.pdf http://www.cops.uel.br/vestibular/anteriores/docs/jul2001-dia-1.pdf

MORTE E VIDA SEVERINA: ANÁLISE

Leia a análise da obra. http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/m/morte_e_vida_severina

MORTE E VIDA SEVERINA: TEXTO

PARA LER... http://www.culturabrasil.pro.br/joaocabraldemelonetoo.htm

MORTE E VIDA SEVERINA - FILME COMPLETO

É a parte que te cabe desse latifúndio... http://www.youtube.com/watch?v=xn4whNYMcNY

MORTE E VIDA SEVERINA - EM DESENHO

O desenho: http://www.youtube.com/watch?v=alOXpuFX8yo

terça-feira, 11 de setembro de 2012

CLARICE LISPECTOR: A FELICIDADE CLANDESTINA

PARA LER: http://pagina-de-vida.blogspot.com.br/2007/05/felicidade-clandestina-clarice.html PARA OUVIR: http://www.youtube.com/watch?v=wz1d9iVSjIU

CLARICE LISPECTOR: A VIDA ÍNTIMA DE LAURA

http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/ClariceLispector(1).pdf

quarta-feira, 20 de junho de 2012

DRUMMOND II

1. (FUVEST) Procura da Poesia

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.

                  (...)

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

                  (...)

              Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo.

No contexto do livro, a afirmação do caráter verbal da poesia e a incitação a que se penetre “no reino das palavras”, presentes no excerto, indicam que, para o poeta de A rosa do povo,

a) praticar a arte pela arte é a maneira mais eficaz de se opor ao mundo capitalista.
b) a procura da boa poesia começa pela estrita observância da variedade padrão da linguagem.
c) fazer poesia é produzir enigmas verbais que não podem nem devem ser interpretados.
d) as intenções sociais da poesia não a dispensam de ter em conta o que é próprio da linguagem.
e) os poemas metalingüísticos, nos quais a poesia fala apenas de si mesma, são superiores aos poemas que falam também de outros assuntos.


2. 
01. (UNICAMP) O poema abaixo pertence ao livro A rosa do povo (1945):

Cidade prevista

Irmãos, cantai esse mundo
que não verei, mas virá
um dia, dentro em mil anos,
talvez mais... não tenho pressa.
Um mundo enfim ordenado,
uma pátria sem fronteiras,
sem leis e regulamentos,
uma terra sem bandeiras,
sem igrejas nem quartéis,
sem dor, sem febre, sem ouro,
um jeito só de viver,
mas nesse jeito a variedade,
a multiplicidade toda
que há dentro de cada um.
Uma cidade sem portas,
de casas sem armadilha,
um país de riso e glória
como nunca houve nenhum.
Este país não é meu
nem vosso ainda, poetas.
Mas ele será um dia
o país de todo homem.

(Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo, em Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.158-159.)

A) A quem se dirige o eu lírico e com que finalidade?

B) A que “cidade” se refere o título do poema e como ela é representada?

C) Que características centrais de A Rosa do Povo se encontram nesse poema?



3. (UFBA) FRAGILIDADE

Este verso, apenas um arabesco
em torno do elemento essencial – inatingível.
Fogem nuvens de verão, passam aves, navios, ondas,
e teu rosto é quase um espelho onde brinca o incerto movimento,
ai! já brincou, e tudo se fez imóvel, quantidades e quantidades
de sono se depositam sobre a terra esfacelada.
Não mais o desejo de explicar, e múltiplas palavras em feixe
subindo, e o espírito que escolhe, o olho que visita, a música
feita de depurações e depurações, a delicada modelagem
de um cristal de mil suspiros límpidos e frígidos: não mais
que um arabesco, apenas um arabesco
abraça as coisas, sem reduzi-las.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. In: COUTINHO, Afrânio (Org.). Carlos Drummond de Andrade: obra completa: poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 154-155.

Na seleção dos signos verbais, o sujeito poético cria metáforas estabelecendo analogias entre elementos distintos. Na linguagem de Drummond, “isso é aquilo”.

Identifique e transcreva uma das analogias referidas, explicando-a com base no contexto do poema.
RESPOSTAS: 


1- d


2-
A) O eu lírico dirige-se a seus "irmãos", ou seja, a outros poetas, como indicado no antepenúltimo verso, com a finalidade de fazer-lhes um apelo: o de cantar (defender, propagar, difundir, exaltar etc.) a esperança de um mundo bom e justo.

B) A "cidade" a que o eu lírico se refere não é especificamente uma cidade definida ou espaço territorial específico: trata-se de uma forma de sociedade que viria possibilitar a efetivação da justiça social e a possibilidade de realização do potencial de cada ser humano.

C) A poesia marcada por fortes preocupações sociais, a busca de realização do indivíduo, o sentimento do mundo que o leva a irmanar-se com o outro, a utopia social e política que leva à "poesia engajada" de que o texto é exemplo.


3- Espera-se que o candidato identifique uma das metáforas “verso” e “arabesco”, “rosto” e “espelho”, “cristal”. Em seguida deverá atribuir sentidos como: poesia e realidade, linguagem poética e essência da poesia, fragilidade do homem, do verso, da palavra em face da captação da essência das coisas.



DRUMMOND

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/banco_de_questoes/portugues/alguma_poesia

Romanceiro da Inconfidência - Cecília Meireles

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/banco_de_questoes/portugues/romanceiro_da_inconfidencia

EXERCÍCIOS - SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA - POESIA - BRASIL

ACESSE O LINK, FAÇA OS EXERCÍCIOS E CONFIRA O GABARITO.

http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/segundo-tempo-modernista

terça-feira, 8 de maio de 2012

MACUNAÍMA : TESTES

No link abaixo você encontrará 32 questões sobre a obra Macunaíma. Acesse e resolva os testes. As respostas são dadas pelo próprio site.

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/banco_de_questoes/portugues/macunaima

GABARITO - EXERCÍCIOS MODERNISMO

EXERCÍCIOS PUBLICADOS EM 08/05/2012


01. C02. A
03. C
04. E
05. D06. C
07. E08. B
09. A10. E

1C   2A  3C   4E   5D    6C   7E   8B    9A   10E

AMAR, VERBO INTRANSITIVO

LivroClip da obra "Amar, Verbo Intransitivo", do autor Mário de Andrade. Música "Velha Amiga" da banda Cachorro Grande. Acesse


http://www.youtube.com/v/D1S23t2OSp0&fs=1&source=uds&autoplay=1

EXERCÍCIOS - MODERNISMO

Questões:
01. (PUCCAMP) Assinale a alternativa em que se encontram preocupações estéticas da Primeira Geração Modernista:

a) “Não entrem no verso culto o calão e solecismo, a sintaxe truncada, o metro cambaio, a indigência das imagens e do vocabulário do pensar e do dizer.”

b) “Vestir a Idéia de uma forma sensível que, entretanto, não terá seu fim em si mesma, mas que, servindo para exprimir a Idéia, dela se tornaria submissa.”

c) “Minhas reivindicações? Liberdade. Uso dela; não abuso.” “E não quero discípulos. Em arte: escola = imbecilidade de muitos para vaidade dum só.”

d) “Na exaustão causada pelo sentimentalismo, a alma ainda tremula e ressoante da febre do sangue, a alma que ama e canta porque sua vida é amor e canto, o que pode senão fazer o poema dos amores da vida real?”

e) “O poeta deve ter duas qualidades: engenho e juízo; aquele, subordinado à imaginação, este, seu guia, muito mais importante, decorrente da reflexão. Daí não haver beleza sem obediência à razão, que aponta o objetivo da arte: a verdade.”


02. (PUCCAMP)

O alpinista
de alpenstock
desceu
nos Alpes

  O texto acima, capítulo do romance Memória Sentimentais de João Miramar, exemplifica uma tendência do autor de:

a) Procurar as barreiras entre poesia e prosa, utilizando estilo alusivo e elíptico.
b) Explorar o poema em forma de prosa, satirizando as manifestações literárias do Pré-modernismo.
c) Buscar uma interpretação lírica de seu país, explorando a forca sugestiva das palavras.
d) Utilizar o poema-piada, para satirizar tudo o que não fosse nacional.
e) Procurar “ser regional e puro em sua época”, negando influencias das vanguardas européias.


03. (MACKENZIE)  “Chamado de rapsódia por Mário de Andrade, o livro é construído a partir de uma série de lendas a que se misturam superstições, provérbios e anedotas. O tempo e o espaço não obedecem a regras de verossimilhança, e o fantástico se confunde com o real durante toda a narrativa.”

  A afirmação faz referência à obra:

a) O rei da vela.
b) Calunga.
c) Macunaíma.
d) Memórias sentimentais de João Miramar.
e) Martim Cererê.


04. (PUC-MG) Leia o texto atentamente.

Na feira-livre do arrebaldezinho
um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor:
-    “O melhor divertimento para as crianças!”
Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres...

  Não é característica presente na estrofe acima:

a) Valorização de fatos e elementos do cotidiano.
b) Utilização do verso livre.
c) Linguagem despreocupada, sem palavras raras.
d) Preocupação social.
e) Metalinguagem.


05. (UFC) Macunaíma – obra-prima de Mário de Andrade – é um dos livros que melhor representam a produção literária brasileira do presente século. Sua principal característica é:
 

a) traçar, como no Romantismo, o perfil do índio brasileiro como protótipo das virtudes nacionais.

b) Ser um livro em que se encontram representados os princípios que orientam o movimento modernista de 22, dentre os quais o fundamental é a aproximação da literatura à música.

c) Analisar, de modo sistemático, as inúmeras variações sociais e regionais da língua portuguesa no Brasil, destacando em especial o tupi-guarani.

d) Ser um texto em que o autor subverter, na linguagem literária os padrões vigentes, ao fazer conviver, sem respeitar limites geográficos, formas lingüísticas oriundas das mais diversas partes do Brasil.

e) Exaltar, de forma especial, a cultura popular regional, particularmente a representativa do Norte e Nordeste brasileiro.


06. (UFC)  Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, porque:

a) Vive sonhando com riqueza fácil e, para obtê-la, lança mão de qualquer recurso.
b) Não é um ser confiável.
c) Ainda não encontrou sua própria definição, sua identidade.
d) Não tem firmeza de personalidade, nem segurança em suas decisões.
e) n.d.a.


07. (UFC)  Macunaíma é uma obra plural, composta, na medida em que:

a) Obedece às características circulares e fechadas do romance psicológico.
b) Como toda obra tradicional, observa a linearidade da narrativa onde cada personagem age em separado.
c) Aproxima técnicas românticas das modernas na estruturação do romance como um todo.
d) No corpo da narrativa, dá um tratamento único para cada personagem apresentada.
e) Tal como numa rapsódia, trata de vários temas ao mesmo tempo, entrelaçando-os numa rede múltipla de cores e sons os mais diversos.


08. (UFC) A respeito do livro Macunaíma, é correto afirmar que:

a) A história se passa predominantemente na capital paulista, daí porque o livro pode ser considerado uma crônica do cotidiano paulistano.
b) O episódio de base da narrativa consiste na perda e reconquista da muiraquitã.
c) O livro é uma sátira ao Brasil através da reconstituição fiel de fatos históricos retidos na memória do autor.
d) A obra faz uma leitura do Brasil sob a ótica do colonizador.
e) O processo de criação do livro não mantém nenhum vinculo com qualquer obra anteriormente escrita.


09. (FUVEST) Indique a alternativa em que a proximidade estabelecida está correta:

a) A terra paradisíaca, em Gonçalves Dias, é projeção nacionalista; a Pasárgada, de Manuel Bandeira, é anseio intimista.

b) O lirismo de Gregório de Matos é conflitivo e confessional; o de Cláudio Manuel da Costa é sereno e
impessoal.

c) A ficção regionalista, imatura no século XIX, ganho força ao abraçar as teses do determinismo cientifico, no século XX.

d) José de Alencar buscou expressar nossa diversidade cultural-projeto que só a obra de Machado de Assis viria a realizar.

e) A figura do malandro, positiva em Manuel Antonio de Almeida, é alvo de Mário de Andrade em sua sátira Macunaíma.


10. (UNIJUÍ) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, estão presentes em Macunaíma, de Mário de Andrade.

  Sobre o livro é incorreto afirmar que:

a) Macunaíma é um “anti-herói”, com características como o individualismo e a malandragem.
b) O livro aproveita as tradições míticas dos índios; seus irmãos são Maanape e Jiguê.
c) Aproveita também ditados populares, obscenidades, frases feitas, com fatores traços de oralidades;
d) O livro foi chamado de rapsódia e é uma obra central do movimento modernista.
e) O livro não satiriza certos padrões de escrita acadêmica e não trabalha elementos de um “caráter” brasileiro.



quarta-feira, 28 de março de 2012

SUBORDINADAS - REDUZIDAS

Classifique a oração subordinada reduzida na fala do médico.

SUBORDINADAS

No segundo quadrinho aparecem duas orações subordinadas. Classifique-as sintaticamente.

FUNÇÃO DA LINGUAGEM

Leia a tira. Que função da linguagem predomina no texto? Que recurso linguístico é empregado para construir o humor da história?

LINGUAGEM

Que tipo de linguagem predomina no texto abaixo? Que recursos expressivos permitem a interpretação da mensagem?

COMUNICAÇÃO

Explique a fala do peixe no segundo quadrinho.

FUNÇÃO DA LINGUAGEM


Caracterize o processo de comunicação a partir da leitura da tira acima.

sexta-feira, 23 de março de 2012

EXERCÍCIOS

1 - Assinale a alternativa que menciona somente movimentos artísticos das Vanguardas Europeias.( ) a)Barroco, Rococó, Art-nouveau.
( ) b)Expressionismo, Cubismo, Surrealismo.
( ) c)Neoclassicismo, Impressionismo, Romantismo.
( ) d)Pop-art, Dadaísmo, Futurismo.
( ) e)Construtivismo, Concretismo, Naturalismo.

2- Acesse o link abaixo, leia os textos e resolva os exercícios.

http://liviogarci.dominiotemporario.com/doc/AULA_Lit_3ano1Bim_Vanguardas_europeias.pdf

VANGUARDAS E LITERATURA

Na  literatura, o  Cubismo manifestou-se da seguinte forma:

* Texto antidiscursivo (fora dos padrões das frases tradicionais);

* Ausência de métrica no poema e de pontuação em qualquer texto;

* Livre associação, fragmentação de imagens;

* Simultaneidade de imagens, cinematografia;

* Texto muitas vezes desenhado na página, visualizando o objeto tematizado;

* Destaque para a anedota e a sátira;

* Como exemplo de texto cubista, há, a seguir, um poema do revolucionário modernista brasileiro Oswald de Andrade.

BENGALÓ

Bicos elásticos sob o jérsei

um maxixe escorrega dos dedos

de Gilberta

janelas

sotas e ases desertam o céu das estrelas de rodagem

o piano vox-trota

domingaliza

um galo canta no território do terreiro

a campainha telefona

cretones

o cinema dos negócios

planos de comprar um forde

um piano fox-trota

janelas

bondes

quarta-feira, 7 de março de 2012

Os 7 melhores cursos de Serviço Social do Brasil


Nome da faculdade
Estrelas
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
★★★★★
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
★★★★★
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
★★★★★
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
★★★★★
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
★★★★★
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
★★★★★
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
★★★★★

*Dados do GUIA DO ESTUDANTE Profissões Vestibular 2011. Confira a nova edição GUIA DO ESTUDANTE Profissões em outubro.

Os 14 melhores cursos de Relações Públicas do Brasil


Nome da faculdade
Estrelas
Pontifícia Universidade Católica do rio Grande do Sul (PUC-RS)
★★★★★
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
★★★★
Universidade do Estado da Bahia (Uneb)
★★★★
Universidade Salvador (Unifacs)
★★★★
Universidade Federal de Goiás (UFG)
★★★★
Universidade estadual de Londrina (UEL)
★★★★
Universidade de Caxias do Sul (UCS)
★★★★
Universidade Feevale (Feevale)
★★★★
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
★★★★
Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc)
★★★★
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
★★★★
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
★★★★
Universidade Católica de Santos (Unisantos)
★★★★
Universidade de São Paulo (USP)
★★★★

Os 8 melhores cursos de Relações Internacionais do Brasil


Nome da Faculdade
Estrelas
Universidade de Brasília (UnB)
★★★★★
Pontifícia Universidade Católica De Minas Gerais (PUC Minas)
★★★★★
Universidade Católica de Brasília (UCB)
★★★★
Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
★★★★
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
★★★★
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
★★★★
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
★★★★
Universidade Estadual Paulista (Unesp) – campus de Franca
★★★★

*Dados do GUIA DO ESTUDANTE Profissões Vestibular 2011. Confira a nova edição GUIA DO ESTUDANTE Profissões em outubro.

Os 3 melhores cursos de Publicidade e Propaganda do Brasil


Melhores faculdades
Estrelas
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
★★★★★
Escola superior de Propaganda e Marketing do Rio Grande do Sul (ESPM-RS)
★★★★★
Escola superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP)
★★★★★

*Dados do GUIA DO ESTUDANTE Profissões Vestibular 2011. Confira a nova edição GUIA DO ESTUDANTE Profissões em outubro.

Os 8 melhores cursos de Psicologia do Brasil de 2011


Nome da Faculdade
Estrelas
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)
★★★★★
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
★★★★★
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
★★★★★
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
★★★★★
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
★★★★★
Mackenzie (SP)
★★★★★
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC SP)
★★★★★
Universidade de São Paulo (USP – campus Ribeirão Preto)
★★★★★

* Dados do GUIA DO ESTUDANTE Profissões Vestibular 2011.

Os 10 melhores cursos de Moda do Brasil


Nome da faculdade
Estrelas
Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc)
★★★★★
Universidade Federal do Ceará (UFC)
★★★★
Universidade Federal de Goiás (UFG)
★★★★
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
★★★★
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rio de Janeiro
★★★★
Universidade Feevale (Feevale)
★★★★
Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (Belas Artes)
★★★★
Faculdade Santa Marcelina (Fasm)
★★★★
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), de São Paulo
★★★★
Universidade Anhembi Morumbi
★★★★

* lista em organizada por estado e em ordem alfabética
*Dados do GUIA DO ESTUDANTE Profissões Vestibular 2012. Confira a edição completa nas bancas de todo o Brasil.